quarta-feira, 31 de outubro de 2018

A EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO





 
“Os processos de mudança na comunicação estão passando pela convergência das mídias; plataformas que vão se agregando, inovando e consequentemente ganhando novos formatos e forças.”
O jornal mais antigo de que se tem conhecimento é da cidade de Roma, chamado “Acta Diurna”. Foi ele lançado pelo Imperador Júlio Cesar, que tinha como objetivo deixar os cidadãos das principais cidades, informados a respeito dos acontecimentos sociais e políticos do Império.  Isso ocorreu no ano de 59 A/C. As notícias eram escritas em grandes placas brancas e expostas em lugares públicos e movimentados.
Já no século VIII, na China, os primeiros jornais eram escritos à mão, no formato de boletins. Imaginem o trabalho para fazer um único jornal. Porém, a partir do ano de 1447, começa uma nova fase para a humanidade com a chegada da prensa inventada por Johann Gutemberg, mais conhecida como a grande revolução da escrita impressa. Com essa fabulosa máquina, a circulação da informação, do conhecimento e do intercâmbio de ideias ficou muito mais ágil, possibilitando o acesso à informação por todos. No início do século XVII, as publicações dos jornais passam a ser periódicas, saindo na frente á Europa em países como Alemanha, Inglaterra e França, e a circulação de jornais passa a ser frequente.
No Brasil, o jornal impresso chegou atrasado, com a chegada da Corte Portuguesa em 1808. Nesse mesmo ano dois jornais importantes iniciam suas atividades:  o Correio Brasiliense e a Gazeta do Rio de Janeiro. No segundo reinado, a produção de jornais é intensificada, mudando o formato e passando a ter tamanho maior em função da modernização das máquinas e os principais jornais ganham locais, onde centralizam a captação da notícia e a produção do jornal. Esses primeiros jornais têm vida curta e acabam cedo, mas alguns sobreviveram até hoje, como por exemplo, o Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, o Estado de São Paulo, que antigamente se chamava A Província de São Paulo, e o Correio do Povo, de Porto Alegre.
Em 1950, a televisão já tinha chegado ao Brasil e tornou-se o principal meio de comunicação visual de massa. Intensas são
as mudanças no cenário social e político apresentando uma nova sociedade e mais uma vez a imprensa brasileira acompanha essas mudanças e moderniza-se, desaparecendo aos poucos os jornais vespertinos, que passam a ser matutinos, e nas maiores cidades, diminui os jornais e a qualidade fica cada vez melhor. Nas décadas de 1970 e 1980, produzir um noticiário impresso era um processo difícil e poderia levar dias para fechar uma matéria. A apuração era checada e descrita com narrativas ricas em detalhes. Hoje, com as facilidades da tecnologia, atualizar um portal de notícias e praticar a web jornalismo tornou-se mais simples. O pioneiro do jornalismo web foi o Jornal do Brasil na década de 1990.
O jornalismo on-line está inserido no cotidiano das pessoas, oferecendo uma alternativa para quem busca informações rápidas e cativando novos e antigos leitores. A informação e a globalização fazem com que o mundo seja realmente uma grande “aldeia global”, em que a quantidade e a velocidade de transmissão da informação ocorram de forma incrível. Os jornais criaram também o formato digital e a possibilidade de o público interagir com a notícia através de blogs e fóruns de discussão, e com isso, vem aumentando o alcance da informação e a troca de ideias. A web jornalismo ganha mais adeptos a cada dia. São mais de 80 milhões de internautas. Essa é uma das mídias mais consumida no Brasil. Segundo dados do Interactive Advertising Bureau (IAB), mais de 40% dos entrevistados entre 15 e 55 anos – 51% homens e 49% mulheres, passam pelo menos duas horas por dia navegando na Internet (por blogs e dispositivos digitais).
É difícil prever o futuro desse processo e o que ainda há por vir, mas o mais importante de tudo isso é que as pessoas têm a possibilidade de estar muito mais consciente e com as perspectivas de promover mudanças positivas na sociedade, tudo isso, em grande parte, graças à capacidade e habilidade de transmissão de informações que estão chegando pelos meios de comunicação.
Para que possamos avaliar as dificuldades de ter um jornal, principalmente se ele é do interior, tomemos como exemplo o jornal espírita "O Imortal”, da cidade de Cambé:  Ele circulou pela primeira vez em 25 de dezembro de 1953, o que representa 65 anos que circula ininterruptamente, fundado por Luís Pícinin e Hugo Gonçalves, que durante esse período muitos desafios tiveram que superar para que o jornal se mantivesse vivo. E  para relembrar, vamos acompanhar o que escreveu seu co-fundador  Hugo Gonçalves:  “Foi preciso muita coragem e força de vontade; manter um jornal com uma única máquina impressora e ainda obsoleta, não foi fácil. As dificuldades foram vencidas e o jornal sobreviveu. No início, eram só quatro páginas e praticamente eu sozinho e por alguns anos foi assim, até que outros companheiros se incorporaram na luta. Eu sonhava em melhorar “O Imortal”, a sua apresentação e o  número de páginas”.
Um dia o telefone tocou, fui atender e era o Divaldo Franco lá de Salvador. Ele me disse: “Hugo, estou  telefonando para lhe dar uma boa notícia. O Espírito de Cairbar Schutel lhe manda um recado:   “Fique tranquilo, continue trabalhando  que   seu sonho vai se realizar. Eu não sei o que você está sonhando por aí, mas é o recado que ele manda para você”. Isso foi no início de 1980 e eu não perdi tempo.  Procurei logo Astolfo Olegário, que mantinha uma coluna semanal  sobre Espiritismo no Jornal Folha de Londrina e pedi-lhe ajuda. Ele me disse:  Dê-me um tempo. Passou três anos de espera até que um dia ele me deu a sua esperada resposta e os planos que resultaram na transformação do jornal. Em dezembro de 1983, ano em que o jornal completava 30 anos de existência, passou ele a ser impresso nas oficinas da Folha de Londrina, nos moldes em que circula até hoje, porém, na época, sem cores e menos páginas.”
Em 25 de dezembro de 2018, ano em que completa 65 anos de edição, com muito trabalho, respeito e valorização dos ensinos de Jesus, “O Imortal” dará um importante passo em sua existência, com a mudança completa para o formato digital. A partir de novembro a edição do jornal será lida somente na versão on-line. Sua mudança se dará de forma gradativa durante os meses de agosto, setembro e outubro, período na qual seus assinantes e anunciantes receberão informações de como poderão usufruir deste novo mecanismo.
A continuação da contribuição será muito importante para a manutenção e continuidade dos trabalhos das instituições Centro Espírita Allan Kardec e do Lar Infantil Marília Barbosa, que hoje abriga crianças na forma de Centro de Educação Infantil. O jornal “O Imortal” on-line, continuará no trabalho de divulgação da “Doutrina dos Espíritos”, mantendo os ensinos das obras de Allan Kardec,  e claro, com o apoio de todos vocês, leitores, assinantes e anunciantes...

Fonte:
Jornal “O Imortal” – edição 8/2018
Artigo de Marcel Gonçalves
+ Pequenas modificações.

Jc.
São Luís, 22/8/2018

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