“Os
processos de mudança na comunicação estão passando pela convergência das
mídias; plataformas que vão se agregando, inovando e consequentemente ganhando
novos formatos e forças.”
O
jornal mais antigo de que se tem conhecimento é da cidade de Roma, chamado
“Acta Diurna”. Foi ele lançado pelo Imperador Júlio Cesar, que tinha como
objetivo deixar os cidadãos das principais cidades, informados a respeito dos
acontecimentos sociais e políticos do Império. Isso ocorreu no ano de 59 A/C. As notícias
eram escritas em grandes placas brancas e expostas em lugares públicos e
movimentados.
Já
no século VIII, na China, os primeiros jornais eram escritos à mão, no formato
de boletins. Imaginem o trabalho para fazer um único jornal. Porém, a partir do
ano de 1447, começa uma nova fase para a humanidade com a chegada da prensa
inventada por Johann Gutemberg, mais conhecida como a grande revolução da
escrita impressa. Com essa fabulosa máquina, a circulação da informação, do
conhecimento e do intercâmbio de ideias ficou muito mais ágil, possibilitando o
acesso à informação por todos. No início do século XVII, as publicações dos
jornais passam a ser periódicas, saindo na frente á Europa em países como
Alemanha, Inglaterra e França, e a circulação de jornais passa a ser frequente.
No
Brasil, o jornal impresso chegou atrasado, com a chegada da Corte Portuguesa em
1808. Nesse mesmo ano dois jornais importantes iniciam suas atividades: o Correio Brasiliense e a Gazeta do Rio de
Janeiro. No segundo reinado, a produção de jornais é intensificada, mudando o
formato e passando a ter tamanho maior em função da modernização das máquinas e
os principais jornais ganham locais, onde centralizam a captação da notícia e a
produção do jornal. Esses primeiros jornais têm vida curta e acabam cedo, mas
alguns sobreviveram até hoje, como por exemplo, o Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, o Estado de São Paulo, que antigamente se chamava A Província de São Paulo, e o Correio do Povo, de Porto Alegre.
Em
1950, a televisão já tinha chegado ao Brasil e tornou-se o principal meio de
comunicação visual de massa. Intensas são
as
mudanças no cenário social e político apresentando uma nova sociedade e mais
uma vez a imprensa brasileira acompanha essas mudanças e moderniza-se,
desaparecendo aos poucos os jornais vespertinos, que passam a ser matutinos, e
nas maiores cidades, diminui os jornais e a qualidade fica cada vez melhor. Nas
décadas de 1970 e 1980, produzir um noticiário impresso era um processo difícil
e poderia levar dias para fechar uma matéria. A apuração era checada e descrita
com narrativas ricas em detalhes. Hoje, com as facilidades da tecnologia,
atualizar um portal de notícias e praticar a web jornalismo tornou-se mais simples. O pioneiro do jornalismo web foi o Jornal do Brasil na década de
1990.
O
jornalismo on-line está inserido no
cotidiano das pessoas, oferecendo uma alternativa para quem busca informações
rápidas e cativando novos e antigos leitores. A informação e a globalização fazem com que o mundo seja realmente
uma grande “aldeia global”, em que a quantidade e a velocidade de transmissão
da informação ocorram de forma incrível. Os jornais criaram também o formato
digital e a possibilidade de o público interagir com a notícia através de blogs
e fóruns de discussão, e com isso, vem aumentando o alcance da informação e a
troca de ideias. A web jornalismo
ganha mais adeptos a cada dia. São mais de 80 milhões de internautas. Essa é
uma das mídias mais consumida no Brasil. Segundo dados do Interactive
Advertising Bureau (IAB), mais de 40% dos entrevistados entre 15 e 55 anos –
51% homens e 49% mulheres, passam pelo menos duas horas por dia navegando na
Internet (por blogs e dispositivos digitais).
É
difícil prever o futuro desse processo e o que ainda há por vir, mas o mais
importante de tudo isso é que as pessoas têm a possibilidade de estar muito
mais consciente e com as perspectivas de promover mudanças positivas na
sociedade, tudo isso, em grande parte, graças à capacidade e habilidade de
transmissão de informações que estão chegando pelos meios de comunicação.
Para
que possamos avaliar as dificuldades de ter um jornal, principalmente se ele é
do interior, tomemos como exemplo o jornal espírita "O Imortal”, da cidade
de Cambé: Ele circulou pela primeira vez
em 25 de dezembro de 1953, o que representa 65 anos que circula
ininterruptamente, fundado por Luís Pícinin e Hugo Gonçalves, que durante esse
período muitos desafios tiveram que superar para que o jornal se mantivesse
vivo. E para relembrar, vamos acompanhar
o que escreveu seu co-fundador Hugo
Gonçalves: “Foi preciso muita coragem e
força de vontade; manter um jornal com uma única máquina impressora e ainda
obsoleta, não foi fácil. As dificuldades foram vencidas e o jornal sobreviveu.
No início, eram só quatro páginas e praticamente eu sozinho e por alguns anos
foi assim, até que outros companheiros se incorporaram na luta. Eu sonhava em
melhorar “O Imortal”, a sua apresentação e o
número de páginas”.
Um
dia o telefone tocou, fui atender e era o Divaldo Franco lá de Salvador. Ele me
disse: “Hugo, estou telefonando para lhe
dar uma boa notícia. O Espírito de Cairbar Schutel lhe manda um recado: “Fique
tranquilo, continue trabalhando que seu
sonho vai se realizar. Eu não sei o que você está sonhando por aí, mas é o
recado que ele manda para você”. Isso foi no início de 1980 e eu não perdi
tempo. Procurei logo Astolfo Olegário,
que mantinha uma coluna semanal sobre
Espiritismo no Jornal Folha de Londrina e pedi-lhe ajuda. Ele me disse: Dê-me um tempo. Passou três anos de espera
até que um dia ele me deu a sua esperada resposta e os planos que resultaram na
transformação do jornal. Em dezembro de 1983, ano em que o jornal completava 30
anos de existência, passou ele a ser impresso nas oficinas da Folha de
Londrina, nos moldes em que circula até hoje, porém, na época, sem cores e
menos páginas.”
Em
25 de dezembro de 2018, ano em que completa 65 anos de edição, com muito
trabalho, respeito e valorização dos ensinos de Jesus, “O Imortal” dará um
importante passo em sua existência, com a mudança completa para o formato
digital. A partir de novembro a edição do jornal será lida somente na versão
on-line. Sua mudança se dará de forma gradativa durante os meses de agosto,
setembro e outubro, período na qual seus assinantes e anunciantes receberão
informações de como poderão usufruir deste novo mecanismo.
A
continuação da contribuição será muito importante para a manutenção e
continuidade dos trabalhos das instituições Centro Espírita Allan Kardec e do
Lar Infantil Marília Barbosa, que hoje abriga crianças na forma de Centro de
Educação Infantil. O jornal “O Imortal” on-line, continuará no trabalho de
divulgação da “Doutrina dos Espíritos”, mantendo os ensinos das obras de Allan
Kardec, e claro, com o apoio de todos
vocês, leitores, assinantes e anunciantes...
Fonte:
Jornal “O Imortal” –
edição 8/2018
Artigo de Marcel
Gonçalves
+ Pequenas
modificações.
Jc.
São Luís, 22/8/2018
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