Dentre
as muitas tradições da Humanidade, em todas as épocas, comemoramos o Natal, em
que festejamos o nascimento de Jesus.
Há
dois mil anos atrás, na Judéia, na Palestina, na Galileia, e em outros lugares
próximos, não se falava de outra coisa que não fosse à vinda do Messias, o
Salvador da Humanidade. Por isso, judeus descendentes das doze tribos,
preparavam-lhe oferendas para recebê-lo. As profecias eram lidas e comentadas,
e, preparados com devotamento, tecidos, tapetes; perfumes raros eram trazidos
de outros lugares. Palácios eram reconstruídos, pomares eram cuidados e animais
eram tratados para serem sacrificados no grande banquete.
O
Enviado Celeste desce ao mundo na pequenina cidade de Belém e pequena
manjedoura serve-lhe de berço. Nem príncipes, nem doutores, nem sábios nem os
grandes lhe assistem a chegada. Apenas humildes pastores em peles surradas,
camponeses simples e pobres mulheres se achegam a Ele. Por terem os pastores,
visto a estrela que os guiou e ouvindo as vozes do Céu que diziam: “Glórias a
Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade entre os homens”, eles se achegaram
até a manjedoura. Jesus, com o povo
inicia uma nova era de progresso... Mateus, em seu Evangelho , diz
que tendo nascido o Messias, guiados pela estrela vieram do Oriente três magos
para adorá-lo e o presentearam com Ouro, Incenso (resina perfumada que se
queima) e Mirra (resina perfumada medicinal).
Avancemos
até o século IV (400 anos depois). O Imperador Constantino, ao ter a visão de
uma cruz e a inscrição: “In Hoc Signus Vinci”, e ao colocar a cruz e a
inscrição em seu estandarte, vence o exército inimigo. Julgando que Jesus o
ajudara, resolve adotar a crença cristã como mais uma religião oficial, onde o
culto aos deuses do Olimpo continuavam, sendo Júpiter o deus dos deuses,
seguido de Hermes, Ceres, Afrodite e outros deuses menores...
Avancemos
mais um pouco até o século VI (600 anos depois). Nesse tempo o papa Gregório
decide que Jesus deveria ter uma data para comemoração de seu nascimento. Mas,
que dia seria esse? Ninguém sabia! - Alguns diziam que Jesus nascera no ano 750 depois
da Fundação de Roma; outros afirmavam que tinha sido na época do recenseamento,
porém não sabiam precisar. Muitas outras datas foram citadas e eram todas
contraditórias. O que fazer? O papa Gregório então decide: O nascimento de
Jesus seria na data em que na Europa e no Oriente, se comemorava a entrada do
inverno que se iniciava em 22 de dezembro. Como em Roma era realizada no dia 25
de dezembro, a procissão ao deus Júpiter, que durava vários dias ficando o povo
a comer e beber, louvando o deus Júpiter, o papa decidiu então que nessa data
também fosse comemorado o nascimento de Jesus, para agradar aos romanos pagãos
e aos cristãos.
Eis
porque o Natal de hoje, para muitas pessoas que se dizem “cristãos”, continua
sendo uma festa pagã, em que as barrigas se enchem de comidas e de bebidas
alcoólicas, trocam-se votos de felicidade e presentes, mas o aniversariante que
é Jesus fica esquecido, porque na verdade, para muitos, a festa não é de sentimento
e agradecimento pela sua vinda de Jesus a Terra, mas apenas uma versão atualizada
da festa dos romanos, apresentando ainda a figura grotesca do papai noel criada
para promover o consumismo e enganar as crianças fazendo-as esquecer Jesus, o
benfeitor da Humanidade.
Avancemos
agora até o século XII (1200 anos), na mesma Itália na comunidade de
Lácio. Francisco havia completado 42
anos, mas parecia ter muito mais idade. Sua existência de sacrifícios,
privações e dificuldades, voltada para os seus semelhantes, havia deixado
marcas em seu rosto e dores pelo corpo. Seu Espírito, entretanto, tinha um
desejo e sua preocupação naqueles dias era como aproximar-se das pessoas que
não saiam de suas casas em virtude do frio, e passavam o Natal sem uma noção
clara do seu significado. Eram pessoas simples que preferiam não se esforçar
para entender a sua fé. Seus companheiros, frades, estavam sempre em andanças
pela região, sempre procurando levar o Evangelho de Jesus aos camponeses, em
virtude das distorções que os teológicos medievais haviam disseminados.
Lembrava Francisco de seus primeiros Natais; seu pai trazendo presentes caros e
farta comida, parecendo não se lembrarem de que a festa celebrava o nascimento
de Jesus! Sua memória lhe trazia as imagens descritas pela mãe e, passados
tantos anos, continuava a lembrar de cada personagem do estábulo onde nascera Jesus,
que havia gravado na sua imaginação infantil.
De
repente, o passado e o presente se uniram e Francisco vislumbrou a resposta
para a questão de como se aproximar das pessoas. Eufórico, chamou seu
companheiro, Frei Leão e, repetindo cada palavra materna, foi descrevendo ao
amigo a cena do nascimento de Jesus. Era isso que precisava: criar uma imagem
que reproduzisse o nascimento de Jesus. Todos, enfim, poderiam entender a
posição de Jesus, o desvelo de Maria, a proteção de José, os Magos, a presença
dos pastores, dos animais, e que ficariam à mostra, o tempo necessário para os
fieis. Frei Leão disse a Francisco que não sabia onde encontrar esses bonecos.
Chamado Frei Gil, este disse que não daria certo e foi deitar. Frei Leão,
cansado, despediu-se de Francisco e também foi embora.
Mas
Francisco de Assis ficou pensando em sua idéia e, de repente, foi como se
tivesse sido transportado até onde estava sua mãe. Maria Picallini olhava para
ele e contava a história do nascimento de Jesus. Na medida em que ela descrevia
um personagem, ele modelava a figura em argila... Assim
ele foi criando várias figuras representadas no Natal. Ao amanhecer, Francisco
tinha diante de si o mais expressivo painel pedagógico já criado, para
enaltecer o nascimento do Mestre Amado. Ali estavam todos os personagens que
compunham a mística histórica, e não havia dúvidas, toda a população do Lácio
iria ficar enternecida e entender o espírito do Natal.
Os
frades, quando vieram dar a saudação matinal a Francisco, ficaram admirados com
aquele painel tridimensional e Frei Leão, chamou a representação de “presépio”,
lembrando a língua materna de Jesus. O povo, no serviço religioso foi convidado
para ir até o local onde o painel estava montado. Foi um sucesso, os frades se
revezavam explicando o significado da vinda de Jesus, aos diferentes grupos
convidados que silenciosos e atentos estavam emocionados. ... Era o ano de
1223, e Francisco não ficaria muito mais tempo na existência terrena. Se ele
não fosse lembrado na história do Cristianismo, por sua grande contribuição na
construção do amor entre os seres humanos, teria seu lugar garantido na
lembrança de todos, pelo único momento, naquela época de tanta ignorância, em que Jesus
verdadeiramente havia nascido, trazendo sua mensagem de simplicidade, humildade
e amor. . .
Assim,
devemos fazer uma reformulação nas comemorações do nosso Natal. De forma alguma
devemos imitar as comemorações pagãs voltadas somente para os comes e bebes e
as trocas de presentes, se nos consideramos realmente cristãos. A nossa
comemoração deve ser uma festa de sentimento, de fraternidade, de amor para com
nossos semelhantes, tanto nas nossas reuniões, como em família; troquemos votos
de paz, felicidade, porém não nos esqueçamos de elevar nossas preces a Deus e a
Jesus, pedindo que nos ajude e aos nossos irmãos, nas nossas imperfeições e nos
auxilie no nosso desejo de evolução espiritual. Devemos repartir com nosso
irmão ou irmã necessitada, nossa alegria, nossa esperança, nossa amizade e
também um pouco do nosso pão. Com essa atitude, o Natal do Mestre Amado estará
sendo sempre lembrado em todos os dias da nossa existência. . .
NATAL
TODO DIA
Um clima de sonho se espalha no
ar,
Pessoas se olham com brilho no
olhar,
A gente já sente
chegando o Natal,
É tempo de Amor, todo mundo é
igual!
Os velhos amigos, irão se abraçar,
E os desconhecidos, irão se falar,
E quem for criança, vai olhar ao léu,
Fazendo um pedido do Papai do Céu.
Se a gente é capaz de espalhar a
alegria,
Se a gente é capaz de toda essa
magia,
Eu tenho certeza que a gente
podia,
Fazer com que fosse Natal todo
dia...
Um jeito mais manso de ser e
falar,
Mais calma, mais tempo pra gente se
dar,
Me diz por que só no Natal é
assim?
Que bom se ele nunca tivesse mais
fim...
Se a gente é capaz de espalhar
alegria,
Se a gente é capaz de toda essa magia,
Eu tenho certeza de que a gente podia,
Fazer com que fosse Natal todo dia...
Que o Natal comece no seu coração,
Que seja pra todos sem distinção,
Um sorriso, um abraço, o que assim
for,
O melhor presente é sempre o Amor!...
Se a gente é capaz de espalhar a
alegria,
Se a gente é capaz de toda essa
magia,
Eu tenho certeza que a gente
podia,
Fazer com que fosse Natal todo
dia...
Fazer com que fosse... Natal todo dia!...
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Fonte: Messenger - Internet
Produzido
por João Vitor
Letra
e música (Roupa Nova)
Escolhidas
por Barbara Rayssa.
Desejando saber como
adultos e crianças pensam sobre essa festividade, façamos uma pesquisa sobre o
que representa as comemorações do Natal:
Que
nome tomou o Messias, aqui na Terra?
Em
que cidade Ele nasceu?
Quem
eram os seus pais?
Pessoas
importantes lhe visitaram; Quem?
Em
que palácio Ele nasceu?
O
que ouviram do Céu, os pastores? -
Por
que nos reunimos hoje?
Como
devemos comemorar o Natal?
Muitas
delas com certeza não saberão responder, ou dirão que o aniversariante é “papai
noel”, o símbolo criado para o comércio e o consumismo das coisas.
Eu,
seguindo a tradição da minha querida mãe, monto todos os anos, um “presépio” em
nosso lar, como uma singela homenagem ao Espírito mais perfeito que veio a
Terra, nos trazer uma mensagem de humildade, fraternidade, caridade e amor... Finalizando
este artigo, desejo um FELIZ NATAL com muita Paz, Harmonia e Saúde para todos
os meus irmãos e irmãs em Humanidade, e seus entes queridos, e que o NOVO ANO
lhes possam trazer bênçãos de realizações positivas...
Fonte:
Boletim
do “SEI”
+
Acréscimos diversos
Jc.
São
Luís, 6/12/2010
Atualizado
em 20/12/2018