quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

REFORMA AGRÁRIA DO PT





 
Sob a produção de Yvena Sousa, tomamos conhecimento em 12/2/2019, através da Internet, de que os auditores do Tribunal da União, acharam entre os beneficiados do Programa de Reforma Agrária do P.T., na gestão de Lula e Dilma, que receberam terras e recursos, os seguintes “coitados”:
61.965 – empresários              
144.621 - servidores públicos
37.997 – mortos                       
1.017 – políticos eleitos 
847 -  vereadores                      
96 -    deputados estaduais
69 -  vice-prefeitos                         
4 -    prefeitos    e
1 – senador.
Por Lei, todos eles são proibidos de entrar no Programa de Reforma Agrária, que deveria atender as famílias de renda até 3 salários mínimos e que lidam com a terra. Mas todos eles foram beneficiados em detrimento dos reais necessitados, os trabalhadores do campo que produzem os alimentos que consumimos.
Os nomes desses “privilegiados” estão em sigilo até o fim do processo. Enquanto os trabalhadores necessitados do campo esperam por muito tempo e as vezes nem conseguem, por um lote de terra, os empresários, funcionários públicos,  deputados, vereadores, prefeitos, vice-prefeitos e até os mortos receberam áreas dos governos do P.T. , sem gastarem um real.  Na época, havia 76 mil processos de lotes com indícios de fraudes. Mais, como a ordem vinha de cima, não se tomava conhecimento dessa divisão das terras entre os compadres e corregionários.
É esse tipo de administração e gerência que muitas pessoas que se encontram nessa relação, ainda querem que exista neste país. Isso representa uma afronta ao povo brasileiro que deseja um governo trabalhador e honesto para dirigir este nosso Brasil.
Jc.
São Luís, 12/2/2019

O CARNAVAL





 
Está chegando novamente o período do carnaval, que neste ano vai do dia 2 até dia 5 de março. É natural que queiramos saber a visão da Doutrina dos Espíritos sobre o carnaval. O que o Espiritismo diz sobre o assunto? Opiniões de apoio dos materialistas e de condenação dos espiritualistas, reforçam a consagração entre o mal  e o bem, a escuridão e a claridade, o errado e o certo, o material e o espiritual. A visão do “a favor e do contra” do conflito entre dois lados opostos registra o posicionamento de adeptos e críticos sobre a temática.
O carnaval tem sua origem no paganismo, com suas orgias e nele predomina a licenciosidade e o império da carne. O carnaval traz grandes prejuízos materiais, morais e espirituais às criaturas humanas, pois nos quatro dias de festa, que começa muito antes e termina muito depois, aumentam as ocorrências policiais, como estupros, roubos, furtos, brigas, violência, mortes e um cortejo enorme de crimes cujas consequências são irreparáveis. O carnaval é uma festa de origem pagã que foi oficializada pela Igreja Católica e que, por motivos políticos, permanece até os nossos dias, gozando da simpatia dos governantes e de grande parcela do povo. Todos os anos nos meses de fevereiro ou março ele é incluído no calendário e chega até nós.

Historiadores não têm como precisar quando se iniciaram as festas carnavalescas; os estudiosos do assunto falam que seu início ocorreu aproximadamente no IV milênio A/C, quando no Egito foram criados os cultos agrários. Nessa época, as pessoas dançavam com máscaras e adereços em torno de fogueiras. Os romanos tinham muitos escravos e como o mês de dezembro era dedicado aos festejos em homenagem a várias divindades, entre elas Saturno, deus do tempo, os senhores davam liberdade aos servos para comemoração das saturnais. Era comum um desfile pelas ruas da cidade em que conduziam um carro em forma de barco, com a estátua do deus, pois Saturno se ligava também ao mar. Era uma espécie de carro/barco, sobre rodas; daí o nome carrum-navalis, que deu origem a palavra carnaval. Os servos sentindo-se à vontade usavam roupas dos seus amos e valendo-se de máscaras para não serem reconhecidos cometiam excessos.  
A Igreja Católica, com o passar dos séculos, foi “empurrando” as saturnais para diante, tirando-as de dezembro, para que tais orgias se afastassem da data determinada para o nascimento do Cristo, fazendo delas uma interpretação associada a um período de pecado, que antecederia no calendário litúrgico a Quaresma – tempo de jejum e mortificações. Surgiu então dessa intervenção da Igreja, a ideia de uma corruptela da palavra “a carne nada vale”.  Tempos depois surge o carnaval pagão, que se iniciou no século VII A/C, na Grécia. No reinado de Pisistrato foi oficializado o culto a Dionísio, onde camponeses e lavradores participavam das procissões dionisíacas, levando a imagem do deus Dionísio. Nessa época a sociedade já se dividia, ficando os escravos de um lado e a nobreza do outro lado; bebidas, orgias, sexo e permissividade ganhavam mais e mais espaços naquele primitivo carnaval. Mais alguns séculos se passaram e a Igreja Católica, cansada de ver suas intenções de proibir os cultos pagãos fracassarem, porquanto já estavam consagrados pelos costumes dos povos, resolve em 590 D/C, oficializar o carnaval. Os carnaval oficial se iniciaram nas cidades de Veneza e Nice,  com aparência dos dias atuais; com carros alegóricos, pessoas mascaradas, fantasias e desfiles.

Aqui no Maranhão, no meu tempo de criança, ainda lembro, era uma festa de alegria, onde as fantasias de dominós, pierrot, fofões, arlequim, columbina e outras mais, alegravam as casas, ruas e salões dos clubes. Formavam-se blocos de moças e rapazes, com suas fantasias, e brincadeiras, desfilando pelas ruas em filas indianas, cantando e dançando; os fofões apavoravam as crianças com suas máscaras horríveis; os dominós, pierrot e outras fantasias enchiam os salões dos clubes, a desafiar quem fosse possível descobrir quem estava por baixo das máscaras; os corsos eram caminhões enfeitados e adaptados para imitarem navios piratas, aviões, animais, desfilando pelas ruas, era a alegria do povo, assim como a “casinha da roça” e outras atrações. Faziam parte ainda, o confete, a serpentina, o reco-reco, os balões e o lança-perfume. Daqueles tempos bons só nos resta à lembrança.

Hoje, os festejos carnavalescos são outros. Muitas pessoas, em busca dos prazeres efêmeros proporcionados por esses dias endividam-se por todo o ano. Outras pessoas entregam-se aos vícios da bebida; outras mais, aos impulsos do sexo desregrado e irresponsável, aumentando a incidência de doenças transmissíveis, como a Aids, a sífilis, a tuberculose e outras. Clínicas, delegacias de polícia e hospitais ficam abarrotadas de pessoas que se excederam ou foram acidentadas nos folguedos.  Centenas de lares são atingidos pela desonra; a infâncias e a juventude são influenciadas pelos exemplos negativos expostos nas ruas e pelos órgãos de comunicação. Outras consequências se fazem sentir muito tempo depois; são os filhos gerados durante o carnaval, que nascem de mães solteiras sem ninguém como pai, e mais os casos das doenças transmissíveis que, segundo a Organização Mundial de Saúde, aumenta de ano para ano no Brasil.

Eis uma questão que continuará suscitando discussões durante muito tempo, até que ela deixe de ter importância;  ainda não é a nossa situação. O Espiritismo não  condena o carnaval, mas, também não estimula sua festividade. Nesse período são cometidos excessos de todos os graus,  exageros que extravasam e possibilitam a atuação dos espíritos inferiores, que se alimentam de fluidos densos formadores de um ambiente espiritual de baixo teor negativo e nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, pode fazer a apologia da loucura generalizada que acontece nessa festa.
Há nesses momentos de indisciplina  moral e sentimental, o acesso das forças das trevas  nos corações e nas mentes e, às vezes toda uma existência não basta para realizar os reparos necessários de uma hora ou de um dia de insânia e de esquecimento do dever. O culto à carne evoca tudo o que desperta a materialidade, sensualidade, licenciosidade, paixão  gozo e ainda guarda íntima relação das energias entre os dois planos da vida, o físico e o espiritual ao alimentar  “os vivos de cá e os espíritos de lá”, que se deleitam em intercâmbio de fluídos, impercebíveis aos carnavalescos encarnados. 
Vivemos em constante relação de intercâmbio, conectando-nos  com os que nos são queridos pelos pensamentos, gostos,  interesses e ações. Sem que nos apercebamos, somos acompanhados por uma imensidão de “testemunhas” que nos influenciam na nossa situação íntima. Todos nós somos livres para fazer as escolhas que julgarmos convenientes, assim como não podemos nos esquecer de que igualmente somos responsáveis individual ou coletivamente, pelas opções definidas em nossa existência.
É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhes as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se dizem com o título de civilização. As sociedades podem, com o seu livre-arbítrio, exibir suas futilidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso, um eloquente atestado de sua miséria moral.
A Doutrina dos Espíritos recomenda que os espíritas devem aproveitar esse período para descansar, estudar, ler, fazer algum trabalho proveitoso, ajudar os seus semelhantes e conectar-se com o Plano Maior da Vida em elevada festividade espiritual que nos faz bem, proporcionando-nos real alegria e plenitude ao Espírito Imortal.
O apóstolo Paulo, dizia: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convém”. É exatamente esse o ponto de vista da Doutrina. Faça o que deseja, mas considere que nem sempre o objeto de seu desejo é algo conveniente. Divirta-se, participe de festas, bailes, clubes, se isso lhe é importante, mas cuidado com outros ambientes desagradáveis, que podem descontrair hoje, mas abrem portas para perturbações amanhã, como obsessão, depressão, dependência química e sua saúde, sendo uma porta larga para graves comprometimentos, físicos e espirituais. É o que vemos com lamentável frequência no noticiário policial de todos os dias.
Fontes:
Jornal “Brasília Espírita”
“Revista Espírita de Campos”
+ Modificações.

Jc.
São Luís, 17/2/2019