quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A MAGIA DO NATAL




  Dentre as muitas tradições da Humanidade, em todas as épocas, comemoramos o Natal, em que festejamos o nascimento de Jesus.

Há dois mil anos atrás, na Judéia, na Palestina, na Galileia, e em outros lugares próximos, não se falava de outra coisa que não fosse à vinda do Messias, o Salvador da Humanidade. Por isso, judeus descendentes das doze tribos, preparavam-lhe oferendas para recebê-lo. As profecias eram lidas e comentadas, e, preparados com devotamento, tecidos, tapetes; perfumes raros eram trazidos de outros lugares. Palácios eram reconstruídos, pomares eram cuidados e animais eram tratados para serem sacrificados no grande banquete.

O Enviado Celeste desce ao mundo na pequenina cidade de Belém e pequena manjedoura serve-lhe de berço. Nem príncipes, nem doutores, nem sábios nem os grandes lhe assistem a chegada. Apenas humildes pastores em peles surradas, camponeses simples e pobres mulheres se achegam a Ele. Por terem os pastores, visto a estrela que os guiou e ouvindo as vozes do Céu que diziam: “Glórias a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade entre os homens”, eles se achegaram até a manjedoura.  Jesus, com o povo inicia uma nova era de progresso... Mateus, em seu Evangelho, diz que tendo nascido o Messias, guiados pela estrela vieram do Oriente três magos para adorá-lo e o presentearam com Ouro, Incenso (resina perfumada que se queima) e Mirra (resina perfumada medicinal).

Avancemos até o século IV (400 anos depois). O Imperador Constantino, ao ter a visão de uma cruz e a inscrição: “In Hoc Signus Vinci”, e ao colocar a cruz e a inscrição em seu estandarte, vence o exército inimigo. Julgando que Jesus o ajudara, resolve adotar a crença cristã como mais uma religião oficial, onde o culto aos deuses do Olimpo continuavam, sendo Júpiter o deus dos deuses, seguido de Hermes, Ceres, Afrodite e outros deuses menores...

Avancemos mais um pouco até o século VI (600 anos depois). Nesse tempo o papa Gregório decide que Jesus deveria ter uma data para comemoração de seu nascimento. Mas, que dia seria esse?  Ninguém sabia!  - Alguns diziam que Jesus nascera no ano 750 depois da Fundação de Roma; outros afirmavam que tinha sido na época do recenseamento, porém não sabiam precisar. Muitas outras datas foram citadas e eram todas contraditórias. O que fazer? O papa Gregório então decide: O nascimento de Jesus seria na data em que na Europa e no Oriente, se comemorava a entrada do inverno que se iniciava em 22 de dezembro. Como em Roma era realizada no dia 25 de dezembro, a procissão ao deus Júpiter, que durava vários dias ficando o povo a comer e beber, louvando o deus Júpiter, o papa decidiu então que nessa data também fosse comemorado o nascimento de Jesus, para agradar aos romanos pagãos e aos cristãos.

Eis porque o Natal de hoje, para muitas pessoas que se dizem “cristãos”, continua sendo uma festa pagã, em que as barrigas se enchem de comidas e de bebidas alcoólicas, trocam-se votos de felicidade e presentes, mas o aniversariante que é Jesus fica esquecido, porque na verdade, para muitos, a festa não é de sentimento e agradecimento pela sua vinda de Jesus a Terra, mas apenas uma versão atualizada da festa dos romanos, apresentando ainda a figura grotesca do papai noel criada para promover o consumismo e enganar as crianças fazendo-as esquecer Jesus, o benfeitor da Humanidade.

Avancemos agora até o século XII (1200 anos), na mesma Itália na comunidade de Lácio.  Francisco havia completado 42 anos, mas parecia ter muito mais idade. Sua existência de sacrifícios, privações e dificuldades, voltada para os seus semelhantes, havia deixado marcas em seu rosto e dores pelo corpo. Seu Espírito, entretanto, tinha um desejo e sua preocupação naqueles dias era como aproximar-se das pessoas que não saiam de suas casas em virtude do frio, e passavam o Natal sem uma noção clara do seu significado. Eram pessoas simples que preferiam não se esforçar para entender a sua fé. Seus companheiros, frades, estavam sempre em andanças pela região, sempre procurando levar o Evangelho de Jesus aos camponeses, em virtude das distorções que os teológicos medievais haviam disseminados. Lembrava Francisco de seus primeiros Natais; seu pai trazendo presentes caros e farta comida, parecendo não se lembrarem de que a festa celebrava o nascimento de Jesus! Sua memória lhe trazia as imagens descritas pela mãe e, passados tantos anos, continuava a lembrar de cada personagem do estábulo onde nascera Jesus, que havia gravado na sua imaginação infantil.  

De repente, o passado e o presente se uniram e Francisco vislumbrou a resposta para a questão de como se aproximar das pessoas. Eufórico, chamou seu companheiro, Frei Leão e, repetindo cada palavra materna, foi descrevendo ao amigo a cena do nascimento de Jesus. Era isso que precisava: criar uma imagem que reproduzisse o nascimento de Jesus. Todos, enfim, poderiam entender a posição de Jesus, o desvelo de Maria, a proteção de José, os Magos, a presença dos pastores, dos animais, e que ficariam à mostra, o tempo necessário para os fieis. Frei Leão disse a Francisco que não sabia onde encontrar esses bonecos. Chamado Frei Gil, este disse que não daria certo e foi deitar. Frei Leão, cansado, despediu-se de Francisco e também foi embora.

Mas Francisco de Assis ficou pensando em sua idéia e, de repente, foi como se tivesse sido transportado até onde estava sua mãe. Maria Picallini olhava para ele e contava a história do nascimento de Jesus. Na medida em que ela descrevia um personagem, ele modelava a figura em argila... Assim ele foi criando várias figuras representadas no Natal. Ao amanhecer, Francisco tinha diante de si o mais expressivo painel pedagógico já criado, para enaltecer o nascimento do Mestre Amado. Ali estavam todos os personagens que compunham a mística histórica, e não havia dúvidas, toda a população do Lácio iria ficar enternecida e entender o espírito do Natal.

Os frades, quando vieram dar a saudação matinal a Francisco, ficaram admirados com aquele painel tridimensional e Frei Leão, chamou a representação de “presépio”, lembrando a língua materna de Jesus. O povo, no serviço religioso foi convidado para ir até o local onde o painel estava montado. Foi um sucesso, os frades se revezavam explicando o significado da vinda de Jesus, aos diferentes grupos convidados que silenciosos e atentos estavam emocionados. ... Era o ano de 1223, e Francisco não ficaria muito mais tempo na existência terrena. Se ele não fosse lembrado na história do Cristianismo, por sua grande contribuição na construção do amor entre os seres humanos, teria seu lugar garantido na lembrança de todos, pelo único momento, naquela época de tanta ignorância, em que Jesus verdadeiramente havia nascido, trazendo sua mensagem de simplicidade, humildade e amor. . .

Assim, devemos fazer uma reformulação nas comemorações do nosso Natal. De forma alguma devemos imitar as comemorações pagãs voltadas somente para os comes e bebes e as trocas de presentes, se nos consideramos realmente cristãos. A nossa comemoração deve ser uma festa de sentimento, de fraternidade, de amor para com nossos semelhantes, tanto nas nossas reuniões, como em família; troquemos votos de paz, felicidade, porém não nos esqueçamos de elevar nossas preces a Deus e a Jesus, pedindo que nos ajude e aos nossos irmãos, nas nossas imperfeições e nos auxilie no nosso desejo de evolução espiritual. Devemos repartir com nosso irmão ou irmã necessitada, nossa alegria, nossa esperança, nossa amizade e também um pouco do nosso pão. Com essa atitude, o Natal do Mestre Amado estará sendo sempre lembrado em todos os dias da nossa existência. . .

NATAL TODO  DIA
Um clima de sonho se espalha no ar,         
Pessoas se olham com brilho no olhar,      
A gente já sente chegando o Natal,              
É tempo de Amor, todo mundo é igual!       

Os velhos amigos, irão se abraçar,
E os desconhecidos, irão se falar,
E quem for criança, vai olhar ao léu,
Fazendo um pedido do Papai do Céu.

Se a gente é capaz de espalhar a alegria,  
Se a gente é capaz de toda essa magia,     
Eu tenho certeza que a gente podia,            
Fazer com que fosse Natal todo dia...          

Um jeito mais manso de ser e falar,                 
Mais calma, mais tempo pra gente se dar,      
Me diz por que só no Natal é assim?              
Que bom se ele nunca tivesse mais fim...       

Se a gente é capaz de espalhar alegria,
Se a gente é capaz de toda essa magia,
Eu tenho certeza de que a gente podia,
Fazer com que fosse Natal todo dia...

Que o Natal comece no seu coração,
Que seja pra todos sem distinção,
Um sorriso, um abraço, o que assim for,
O melhor presente é sempre o Amor!...

Se a gente é capaz de espalhar a alegria,      
Se a gente é capaz de toda essa magia,        
Eu tenho certeza que a gente podia,           
Fazer com que fosse Natal todo dia...          

Fazer com que fosse... Natal todo dia!...   

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        Fonte:  Messenger - Internet                          
Produzido por João Vitor                             
Letra e música (Roupa Nova)                      
Escolhidas por Barbara Rayssa.                           


Desejando saber como adultos e crianças pensam sobre essa festividade, façamos uma pesquisa sobre o que representa as comemorações do Natal:

Que nome tomou o Messias, aqui na Terra? 
Em que cidade Ele nasceu?
Quem eram os seus pais? 
Pessoas importantes lhe visitaram;  Quem?
Em que palácio Ele nasceu?  
O que ouviram do Céu, os pastores?  -   
Por que nos reunimos hoje?  
Como devemos comemorar o Natal?

Muitas delas com certeza não saberão responder, ou dirão que o aniversariante é “papai noel”, o símbolo criado para o comércio e o consumismo das coisas.

Eu, seguindo a tradição da minha querida mãe, monto todos os anos, um “presépio” em nosso lar, como uma singela homenagem ao Espírito mais perfeito que veio a Terra, nos trazer uma mensagem de humildade, fraternidade, caridade e amor... Finalizando este artigo, desejo um FELIZ NATAL com muita Paz, Harmonia e Saúde para todos os meus irmãos e irmãs em Humanidade, e seus entes queridos, e que o NOVO ANO lhes possam trazer bênçãos de realizações positivas...

Fonte:
Boletim do “SEI”
+ Acréscimos diversos

Jc.
São Luís, 6/12/2010
Atualizado em 20/12/2017

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

MUITOS CONQUISTADORES VIERAM AO MUNDO




  Desde as eras da selvageria primitiva, muitos foram os conquistadores que apareceram no mundo. Muitos deles, postados em soberbos carros de triunfo, exibiram troféus sangrentos e foram recebidos com aplausos ruidosos. Sorridentes e felizes aceitaram as ovações do povo e foram exaltados pelas vitórias,  deixando um rastro de misérias, lágrimas e mortes nos campos de batalhas.  Ainda hoje, os conquistadores, magnânimos com os amigos e cruéis para com os adversários, espalhando condecorações e sentenças condenatórias, são julgados pelas mesmas vozes que lhes cantavam louvores.
Dario, rei dos persas, impôs terríveis sofrimentos à Índia, a Trácia e à Macedônia, conhecendo depois, a amargura e a derrota, à frente dos gregos. Alexandro Magno, admirado na história do mundo, em plena mocidade, infligiu grandes padecimentos aos lares gregos, egípcios e persas; entretanto, apesar das glórias bélicas, rendeu-se à doença que lhe imobilizou o corpo em Babilônia. Aníbal, o grande guerreiro, espalhou o terror entre os romanos; contudo, foi vencido por Cipião e transformou-se num foragido, tendo se suicidado num terrível complexo de vaidade e loucura. Júlio César, o general romano, submeteu a Gália, e, governando Roma como magnífico triunfador, foi vítima do punhal de Brutus, seu protegido, assassinando-o em pleno Senado. Napoleão Bonaparte sagrou-se imperador da França, vencedor de grandes batalhas, e afinal, deposto, morre numa ilha apagada, na vastidão do mar. Adolfo Hitler, após ordenar a tortura e a morte de milhões de pessoas, em virtude de sua megalomania de poder mundial e raça pura, é morto em seu bunker em Berlim.
Todos eles, dominadores e tiranos, passaram no mundo, entre as púrpuras do poder, a caminho dos desencantos da morte. Em verdade, deixaram algum bem utilizado pela civilização, entretanto, os lares desertos, as lágrimas das mães, as aflições da orfandade, a destruição dos campos e o horror das mortes, acompanha-os por toda parte, destacando-os como execráveis conquistadores. . .  
Um só conquistador houve no mundo, diferente de todos os outros, pela singularidade de sua missão entre as criaturas. Desde o seu nascimento, conquistou com o seu infinito amor ás pessoas, e desde esse dia Jesus, o conquistador diferente, começou o serviço sublime da edificação espiritual, em bases de fraternidade, justiça e amor, acima da sombria animalidade, da maldade, do egoísmo e da aparente morte.
Não possuía legiões armadas, nem poderes políticos, nem tronos ou mantos de gala. Nunca expediu ordens a soldados, nem deu ordens de dominação.  Jamais humilhou ou feriu alguém. Cercou-se de cooperadores aos quais Ele chamava de irmãos. Dignificou a existência, abençoou as crianças, libertou os oprimidos, consolou os tristes e sofredores, curou os cegos, leprosos e paralíticos. E, por fim, aceitou com humildade e resignação, acusações, para que ninguém as sofresse; submeteu-se à prisão, conheceu o abandono dos que amava, recebeu sem revolta, insultos, ironias e bofetadas, foi coroado com espinhos, e obrigado a carregar a cruz em que foi imolado, como se fosse um ladrão.
Estamos revivendo hoje, embora simbolicamente, esse nascimento, ouvindo as vozes angelicais: “Glória a Deus nas Alturas, Paz na Terra e Boa Vontade para com os homens!” Ele veio e nunca mais se apartou de nós. Nas nossas comemorações, não devemos imitar os pagãos, voltadas somente para comes e bebes, se realmente nos consideramos cristãos. Façamos do Natal uma festa de sentimento, da alma, do espírito, de união, nos confraternizando com os familiares, sem esquecer as preces a Jesus e a Deus, pedindo que nos ajude na presente existência e nas nossas imperfeições.
Recordando que Jesus em sua missão elegeu por primeiros amigos, aqueles que nada possuíam, devemos imitá-lo repartindo com nosso irmão necessitado, a nossa alegria, nossa esperança, nossa amizade e um pouco do nosso pão de cada dia. Com essas atitudes, aprendemos que o Espírito do Natal, deve estar conosco, em todos os dias de nossa existência.
Devemos fazer do período do Natal, um momento de paz, de fraternidade com as pessoas para as quais Ele veio ao mundo. Hoje, quando novamente a violência e o crime se dão as mãos, a dor e o desespero explodem em todo lugar, devemos relembrar Jesus, trazendo-O de volta aos que ainda não O conhecem. Que o Natal possa ser para você, meu irmão e para todos os seus entes queridos, de muita Paz, Harmonia e Saúde. . .
Quando Deus abriu a janela do Céu e me viu, perguntou: - “Qual o teu desejo, filho?”  Eu respondi: “Senhor, por favor, cuide bem da pessoa que está lendo esta mensagem, pois ela é minha irmã e meu irmão e também parte da Sua  criação...”

Bibliografia:
Irmão X
Revista “Resenha Espírita” Nº 4/2012
Alguns acréscimos e modificações.

Jc.
S. Luís,  20/12/2017