Desde as eras da selvageria primitiva, muitos foram os conquistadores que apareceram no mundo. Muitos deles, postados em soberbos carros de triunfo, exibiram troféus sangrentos e foram recebidos com aplausos ruidosos. Sorridentes e felizes aceitaram as ovações do povo e foram exaltados pelas vitórias, deixando um rastro de misérias, lágrimas e mortes nos campos de batalhas. Ainda hoje, os conquistadores, magnânimos com os amigos e cruéis para com os adversários, espalhando condecorações e sentenças condenatórias, são julgados pelas mesmas vozes que lhes cantavam louvores.
Dario,
rei dos persas, impôs terríveis sofrimentos à Índia, a Trácia e à Macedônia,
conhecendo depois, a amargura e a derrota, à frente dos gregos. Alexandro
Magno, admirado na história do mundo, em plena mocidade, infligiu grandes
padecimentos aos lares gregos, egípcios e persas; entretanto, apesar das
glórias bélicas, rendeu-se à doença que lhe imobilizou o corpo em Babilônia.
Aníbal, o grande guerreiro, espalhou o terror entre os romanos; contudo, foi
vencido por Cipião e transformou-se num foragido, tendo se suicidado num
terrível complexo de vaidade e loucura. Júlio César, o general romano, submeteu
a Gália, e, governando Roma como magnífico triunfador, foi vítima do punhal de
Brutus, seu protegido, assassinando-o em pleno Senado. Napoleão Bonaparte sagrou-se
imperador da França, vencedor de grandes batalhas, e afinal, deposto, morre
numa ilha apagada, na vastidão do mar. Adolfo Hitler, após ordenar a tortura e
a morte de milhões de pessoas, em virtude de sua megalomania de poder mundial e
raça pura, é morto em seu bunker em Berlim.
Todos
eles, dominadores e tiranos, passaram no mundo, entre as púrpuras do poder, a
caminho dos desencantos da morte. Em verdade, deixaram algum bem utilizado pela
civilização, entretanto, os lares desertos, as lágrimas das mães, as aflições
da orfandade, a destruição dos campos e o horror das mortes, acompanha-os por
toda parte, destacando-os como execráveis conquistadores. . .
Um
só conquistador houve no mundo, diferente de todos os outros, pela
singularidade de sua missão entre as criaturas. Desde o seu nascimento,
conquistou com o seu infinito amor ás pessoas, e desde esse dia Jesus, o
conquistador diferente, começou o serviço sublime da edificação espiritual, em
bases de fraternidade, justiça e amor, acima da sombria animalidade, da maldade,
do egoísmo e da aparente morte.
Não
possuía legiões armadas, nem poderes políticos, nem tronos ou mantos de gala.
Nunca expediu ordens a soldados, nem deu ordens de dominação. Jamais humilhou ou feriu alguém. Cercou-se de
cooperadores aos quais Ele chamava de irmãos. Dignificou a existência, abençoou
as crianças, libertou os oprimidos, consolou os tristes e sofredores, curou os
cegos, leprosos e paralíticos. E, por fim, aceitou com humildade e resignação,
acusações, para que ninguém as sofresse; submeteu-se à prisão, conheceu o
abandono dos que amava, recebeu sem revolta, insultos, ironias e bofetadas, foi
coroado com espinhos, e obrigado a carregar a cruz em que foi imolado, como se
fosse um ladrão.
Estamos
revivendo hoje, embora simbolicamente, esse nascimento, ouvindo as vozes
angelicais: “Glória a Deus nas Alturas, Paz na Terra e Boa Vontade para com os
homens!” Ele veio e nunca mais se apartou de nós. Nas nossas comemorações, não
devemos imitar os pagãos, voltadas somente para comes e bebes, se realmente nos
consideramos cristãos. Façamos do Natal uma festa de sentimento, da alma, do
espírito, de união, nos confraternizando com os familiares, sem esquecer as
preces a Jesus e a Deus, pedindo que nos ajude na presente existência e nas
nossas imperfeições.
Recordando
que Jesus em sua missão elegeu por primeiros amigos, aqueles que nada possuíam,
devemos imitá-lo repartindo com nosso irmão necessitado, a nossa alegria, nossa
esperança, nossa amizade e um pouco do nosso pão de cada dia. Com essas
atitudes, aprendemos que o Espírito do Natal, deve estar conosco, em todos os
dias de nossa existência.
Devemos
fazer do período do Natal, um momento de paz, de fraternidade com as pessoas
para as quais Ele veio ao mundo. Hoje, quando novamente a violência e o crime
se dão as mãos, a dor e o desespero explodem em todo lugar, devemos relembrar
Jesus, trazendo-O de volta aos que ainda não O conhecem. Que o Natal possa ser
para você, meu irmão e para todos os seus entes queridos, de muita Paz,
Harmonia e Saúde. . .
Quando
Deus abriu a janela do Céu e me viu, perguntou: - “Qual o teu desejo, filho?” Eu respondi: “Senhor, por favor, cuide bem da
pessoa que está lendo esta mensagem, pois ela é minha irmã e meu irmão e também
parte da Sua criação...”
Bibliografia:
Irmão X
Revista “Resenha
Espírita” Nº 4/2012
Alguns acréscimos e
modificações.
Jc.
S. Luís, 20/12/2017
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