sábado, 2 de março de 2019

A INJUSTIÇA CONTRA O CIDADÃO BRASILEIRO





   
A pobreza no Brasil é um problema que atinge cerca de 28 milhões de pessoas. Os estados do Norte e principalmente os estados do Nordeste, concentram as populações mais carentes do país e representam 28% da população do Brasil. Nas famílias de trabalhadores mais pobres, muitos não tem condições para comer o mínimo necessário.
“Quanto maior a renda, maior é a parcela de rendimentos livres o que faz com que os ricos paguem menos imposto de renda. É um verdadeiro absurdo deixarem a tabela de isenção sem a devida revisão e se mantenha a isenção total para lucros e dividendos” afirma Sérgio Gobetti.
“Quem é muito rico tem um volume de isenção muito grande no qual não incide o imposto de renda progressivo, uma vez que as alíquotas incidem basicamente sobre o trabalho assalariado, as aposentadorias e os aluguéis”  afirma Rodrigo Orair.
“A progressividade na realidade tem um joelho, só vai até  certo ponto. Fica evidente que no topo do topo na renda do capital predomina o efeito da isenção que se traduz numa alíquota efetiva mais baixa para quem ganha mais” afirma Sérgio Gobetti.
A tabela que vem desde 1996 a vigorar em 2019, isenta o salário do empregado que recebe até R$-1.903,98 por mês, quando deveria ser no valor de R$-3.689,93  se ela tivesse tido os mesmos reajustes que recebeu o salário mínimo, desde aquela época, criando uma defasagem de 95,46%, penalizando não só o trabalhador como também os aposentados.
Esperávamos  que o novo Governo, confiado nas promessas de campanha, tivesse se sensibilizado sobre essa injustiça e fosse fazer pelo menos um acréscimo na tabela do Imposto de Renda, amenizando essa aflitiva situação dos contribuintes. Mas, em 2019 ainda vamos ser sugados em nossos salários, por conta de uma situação financeira desastrada, praticadas pelos governos anteriores, que tiravam dos que trabalharam e, atualmente, dos que  trabalham, recursos indispensáveis para a sua vivência, com o propósito de cobrir os roubos praticados contra as finanças do país.
Da maneira como vem sendo feita a cobrança do Imposto de Renda, a situação do país não pode melhorar, visto que não melhora as condições para o aumento do consumo das famílias e o incremento da indústria e do comércio, fazendo a pobreza ir crescendo mais e mais nos lares brasileiros.
A proposta de limitar o imposto de renda em 20% do governo de Bolsonaro, anunciada pelo ministro da economia, vai agravar a desigualdade e a crise dos que ganham menos e aumentar ainda mais a isenção dos mais ricos. Se continuar assim em 2025 o “efeito ampulheta” previsto por vários analistas, dividirá a economia e a população globais em apenas duas categorias: os ricos e os pobres. A classe média deixará de existir, porquanto não mais existirão as “meias estações sociais”. Em resumo, o velho alerta bíblico: “Pois a quem tem, mais se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que quase não tem, até o que tem lhe será tirado”, mencionado no Evangelho de Mateus (25:29), se realizará se continuar o governo explorando a classe média que carrega o Brasil nas costas, enquanto a classe rica é beneficiada e fica cada vez mais rica.
Senhor Presidente Bolsonaro, ainda dá tempo de corrigir e   fazer justiça aos que trabalham e não permita que o Imposto de Renda faça desaparecer a classe média do povo brasileiro.
Se o governo deseja realmente equilibrar as suas finanças ou criar um superávit, deve atacar os devedores dos impostos e das contribuições à Previdência Social, que não são poucos.  As contribuições ao COFINS e a CSLL, e os lucros das loterias de prognósticos (jogos) explorados pela Caixa Econômica Federal, que são milhões de reais, semanalmente, quando foram criados, não eram para serem destinados a manter o INSS e a Assistência Social? Será que o INSS está mesmo deficitário ou é o que querem nos fazer acreditar?  Dizem alguns entendidos no assunto de que a Previdência Social é superavitária, conforme está bem demonstrado no artigo “A Previdência Social no Brasil”.
Internet – Sérgio Gobetti
Idem – Rodrigo Orair
+ Acréscimos

Jc.
São Luís, 26/2/2019

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