Vindo
do Maranhão, eu com 30 anos de idade, na época, minha esposa e ainda dois
filhos pequenos, chegamos ao Estado do Rio de Janeiro no fim do ano de 1961, e
fomos morar na cidade de Niterói, então a capital.
Logo
em seguida ingressei como vendedor externo das Indústrias Granfino S/A. Minha
área de atuação era Niterói, São Gonçalo, e alguns municípios do interior, e para viajar precisava do jipe da empresa.
Durante o ano de 1962 trabalhei sem maiores preocupações a não ser vender,
receber e sustentar a minha família. Porém, a partir do meio do ano de 1963 a
situação começou a piorar no país em
virtude da tensão crescente entre o governo de João Goulart e as forças da
direita. E em função disso, grupos liderados por Leonel Brizola que instigava
nos comícios, a desordem, o desrespeito e a violência de tal maneira que, ela
se generalizou no Rio e em Niterói onde várias pessoas saíram pelas ruas destruindo
e queimando veículos. Por várias vezes tentaram destruir o jipe que usava e eu
implorava para não fazerem isso porque ele não me pertencia e eu precisava dele
para vender e sustentar minha família. Graças a Deus, no meio do grupo alguém
intercedia por mim e eu ia embora. Mas a desordem era tamanha que eu não sabia se quando voltasse, se
voltasse, ia encontrar minha família em paz. Chegamos até mesmo a pensar em
sair do Brasil, em virtude do acolhimento de um país que queria famílias com
filhos pequenos.
O
auge da crise foi um comício que houve na Central do Brasil, onde os
baderneiros queimaram bandeiras e saíram em procissão batendo em quem aparecia
pela frente e gritando quererem a ditadura. Essa situação se agravou e levaram
os generais Artur da Costa e Silva, Castelo Branco e Cordeiro de Farias a se
reunirem para
avaliar
a conjuntura e as medidas contra o governo de João Goulart. Em 31 de março de
1964, o general Olímpio Mourão Filho comandou as tropas de Minas Gerais que se
dirigiam para o Rio de Janeiro, a fim de afastar o presidente e instalar um
regime militar. Em 1º de abril de 1964 foi criado o governo militar e deposto o
presidente João Goulart. Voltou então à normalidade ao país e eu continuei,
agora em paz, com o meu trabalho de vendedor. O governo militar vigorou até o
dia 15 de março de 1985.
Nunca
fui e nem sou político, porém nos meus
88 anos de existência, procurei sempre trabalhar e viver de bem com as pessoas.
O que vou dizer a seguir não tem conotação política, apenas expressa a minha
opinião sobre o que eu vivi durante o governo de João Goulart, acima, e o que
vivi no regime militar.
Nem
eu nem minha esposa nem meus quatro filhos durante o governo militar, fomos
intimados a prestar depoimentos ou fomos acusados por algum ato impróprio,
condenados ou presos, nosso lar não sofreu invasão e nem tivemos que fugir para
o exterior, isto porque, não praticamos nada contra ninguém nem contra as autoridades
ou o país, o que aconteceu com outras pessoas que não agiram da mesma maneira.
Como era a vida no Brasil na época do
governo militar nos anos de 1964 a 1985? Para responder a essa pergunta temos
que interrogar as pessoas daquela época quais sejam, pessoas com 70 anos ou
mais e os avós.
Perguntem se eles tinham liberdade; se
podiam ir onde quisessem; se tinham segurança; se podiam sair de casa de dia e
a noite sem serem assaltados; se podiam sentar nas portas das casas ou nas
praças para bater um papinho com os amigos, sem medo de serem assaltados; se
sentiam medo de serem molestados e roubados em suas próprias casas; se
conheceram alguma pessoa que sendo trabalhadora, correta e honesta foi presa
pelo DOPS. As pessoas de bem nada tinham a temer. Pergunte ainda se havia
bandidos condenados, soltos nas ruas, continuando seus atos criminosos;
pergunte enfim, se era bom ou mal esse tempo e a situação das pessoas e do
país, se havia ordem, paz e respeito ou se havia tudo o que vem acontecendo
atualmente de ruim e lamentável no país.
A corrupção só tomou conta do Brasil por
um motivo: Os que deveriam puni-la faziam parte dela. Essa situação se agravou
com o PT, os governos mais corruptos na história da Humanidade. O bispo Dom
Celso Antônio Marchiori, em seu sermão, manda que todos os religiosos tenham
cuidado com a Rede Globo que está manipulando as pessoas e oferecendo em suas
novelas, tudo o que não presta e dando apoio a esse estado de desespero para as
famílias brasileiras. A Ordem dos Médicos do Brasil está no grupo de apoio ao
general Mourão, ao general Vilas Boas e outros.
Por esses motivos eu cidadão brasileiro,
com 88 anos de idade, para me defender e aos meus filhos e netos, sou obrigado
a pedir que os militares ajudem o presidente Jair Bolsonaro e o Ministro Sérgio
Moro nessa situação difícil para restaurarem a “Ordem e o Progresso”, a
moralidade, a liberdade e o direito dos cidadãos que hoje vivem enjaulados,
enquanto os corruptos e corruptores, os ladrões e assassinos andam livremente porque
são soltos, desafiando os direitos dos cidadãos e até debochando dos militares
e da própria Polícia.
Fontes:
Depoimento
Internet
Jc.
São Luís, 29/3/2019
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