Sabemos
pelas informações da Espiritualidade que estão reencarnando, há algum tempo, no
planeta, muitos Espíritos evoluídos, para fazerem a transformação do mundo e
também outros ainda inferiorizados que estão tendo suas últimas oportunidades
de se reabilitarem. Torna-se fundamental os cuidados e os exemplos para a
educação deles, a fim de que possamos orientar e educar esses espíritos, que
são vítimas, muitas vezes, da incúria ou do desmazelo dos seus pais, que estão
mais preocupados com o sucesso social do que com a felicidade dos filhos. Chico
Xavier, certa vez comentando sobre a violência, disse: “O que mais dói ver na
periferia das cidades, não é tanto a fome, mas a ignorância; porque a
ignorância é que é a responsável pelos arrastões. Se pudéssemos, ao invés de
distribuir sopa, gostaríamos de distribuir trabalho. Se pudéssemos criar
escolas edificaríamos e instituiríamos cursos diversos profissionalizantes,
procurando tirar das ruas, que são as Universidades do Crime, essas crianças,
resolvendo o problema da miséria social e moral que nos desafia.”
Por
que há tanta violência no mundo? – A violência atual é própria de um mundo de
provas e expiações. Muitos indivíduos ainda se deixam dominar por seus
instintos inferiores e cometem crimes porque não têm consciência do bem ou do
mal, assim como o desconhecimento da vida espiritual colabora para o
desequilíbrio emocional e moral de muitos, que se deixam envolver pelo mal. A
banalização da violência nos jornais e na mídia reforça condutas agressivas e
só tem destaque porque tem audiência significativa. A violência física nos
lares é produto da vibração prejudicial das novelas que estão cheias de
exemplos negativos. Como autoeducação, vamos deixar de sintonizar esses
programas de baixo nível, baixarias e voltados para o mal, escolhendo melhor o
que entra em nossos lares. Quando não tivermos na TV um programa que possa nos
instruir ou educar, outras opções existem para ocupar nosso tempo, inclusive, a
leitura ou a conversação com os familiares. O aparente caos que se verifica na
atualidade apenas demonstra o desespero dos que se recusam a aceitar a
marcha
inevitável do progresso que se está desenvolvendo,
pois
é fruto do amadurecimento moral e intelectual das novas gerações que estão
chegando à Terra.
Se o
progresso material espanta-nos, diariamente, e o aprimoramento apresenta-se
mais lento, isto indica que falta-nos apenas a decisão individual de mudar no
sentido do bem, de vencer as tendências inferiores, de lutar por ser melhor a
cada dia, respeitando o semelhante e seus direitos. Todo esse conforto material
trará condições para que a criatura humana tenha mais tempo para dedicar-se ao
seu autoconhecimento e, verificando isso, interessar-se mais pelo amparo aos
que se encontram ainda em situações difíceis de sobrevivência na Terra, fazendo
assim a sua evolução.
Quando
poderíamos imaginar ao tempo de Kardec, ou mesmo até a poucos anos atrás, o
potencial das comunicações e da Internet? Quando poderíamos imaginar que discos
magnéticos poderiam armazenar imagens, sons e movimentos, transformando-se em
arquivos úteis e poderosos para uso de todos? Quem poderia imaginar a
existência dos celulares e outras utilidades na atualidade? Falta, entretanto
ao ser humano, acompanhar esse progresso e efetivamente mudar sua existência
para melhor. Aprimorar os sentimentos, os relacionamentos, reconhecer nossa
condição de seres espirituais, e o simples conhecimento da nossa imortalidade
já nos deve provocar mudanças de comportamento.
Entretanto,
o excesso de tecnologia que já existe no mundo, como uma verdadeira
parafernália de instrumentos que lentamente vão substituindo o próprio ser
humano, vem anulando-lhe a capacidade de pensar, raciocinar e agir. A
comunicação virtual, diante do computador, isolando a pessoa do mundo de relacionamento
humano, ajuda-o a sonhar e, em delírios inconsequentes, faculta-lhe viagens
para fora, em conquistas afetivas, porém, distante das pessoas, sem uma
correspondente convivência saudável, afetiva e emocional. A imaginação passa a
substituir a relação pessoal, sentimental,
fantasiando
a mente com a necessidade de encontrar o seu
parceiro
ideal, sem a preocupação de, por sua
vez, tornar-se
esse
companheiro para aquele a quem busca. Lentamente uma grande aridez está tomando conta do sentimento
humano,
produzindo
á dolorosa e lamentável crise existencial que se observa nas pessoas. Essa
situação está trazendo sérias dificuldades para o relacionamento humano...
Por
outro lado observamos que o País vive entregue à corrupção, a ganância e a
impunidade, à desordem, à vontade dos grupos dominantes, levando ao desespero
milhões de pessoas dominadas, que não encontram condições de sobrevivência. Se
alguém se incomoda com essa situação desastrosa, sem perspectiva, sem esperança
para milhares de pessoas, e emite opinião contrária, logo surgem os defensores
do regime vigente e de suas posições privilegiadas. Lamentavelmente, não vemos
condições de melhoria a curto ou médio prazo dessa situação caótica, a não ser
que surja um verdadeiro líder nacionalista que empunhe a bandeira da renovação
moral, ou que de repente surja uma medida Celestial, para nos desviar do abismo
para onde estamos sendo levados.
É
natural que busquemos solução para os tormentos que nos
afligem, porém, grande parte da sociedade se tornou
imediatista, o que fez com que procurassem soluções rápidas, fáceis e sem
esforço. Por causa disso, aparecerem espertalhões que prometem resolver todas
as situações infelizes, como: amores não correspondidos, fortuna terrena fácil,
curas milagrosas, e até lugares especiais no céu ao lado de Deus, desde que se
tenha dinheiro para pagar, porque dizem que esse mesmo deus, deles, não dá nada
de graça para ninguém.
A
crescente falta de estabilidade, ameaçando o emprego de quem ainda o tem, fragilizando
os laços de família, promovendo o aumento da marginalidade, associado a esse
imediatismo, mostram que o processo de desagregação tende a aumentar,
tornando-se uma epidemia global. O momento reclama de todos nós mudanças,
moralidade, trabalho e acima de tudo, confiança na Providência Divina.
Há
necessidade de nos prepararmos para mais tempos de adversidades, onde o bem
será esquecido e o mal aclamado. É a crise que foi predita por Jesus. Hoje,
mais do que nunca, precisamos manter a nossa fé e a esperança em Deus, para
suportarmos esses tempos difíceis. Só com o amparo de Jesus, conseguiremos
superar essas aflições e cumprir nossas tarefas de cristãos, até que a
transição que trará mudanças necessárias conduza o mundo para uma nova ordem,
fundamentada na moral e no amor, ensinados e vivenciados por Jesus.
Que
a Paz do Senhor nos ampare nessa transição para que possamos nos manter fiéis
aos nossos compromissos.
Bibliografia:
Jornal
“A Voz do Espírito”
+
complementos
Jc.
S.Luis,
29/6/1999
Refeito
em 04/6/2019
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