Atualmente
no mundo, essas situações estão se
agravando em consequências da renovação das populações, tendo em vista a
transformação da Terra, de mundo de expiações e provas, para um novo mundo de regeneração.
Por esse motivo as calamidades, as catástrofes,
os suicídios e os assassinatos
estão acontecendo, em grande parte, ceifando a existência de muitas pessoas ao
mesmo, enquanto milhares de espíritos mais evoluídos estão nascendo para a
implantação do novo mundo.
É
lamentável que muitos desses espíritos que estão deixando a existência terrena,
sejam por motivo de assassinatos e de suicídios, em função do desconhecimento
das leis divinas, em que não devemos tirar a existência de ninguém, principalmente
os que praticam o suicídio, pensando se livrar de problemas que consideram
insolúveis.
Não
faz muito tempo, o país foi abalado pelo pedido formulado por um casal de
idosos, num anúncio de jornal, em que afirmavam “estamos cansados de sentir
solidão” e procuravam um médico que lhes aplicassem uma injeção letal. O drama
comoveu muitas pessoas. Segundo eles, nos últimos cinco anos, não haviam
recebido nenhuma visita de seus dois filhos ou dos seus amigos de outrora. O
problema do casal foi resolvido, não como eles pediam, mas de uma maneira muito
mais fraterna e de acordo com a Lei Divina. Pessoas se mobilizaram e eles foram
viver em um local bonito, em meio a muito verde, flores e com outros idosos com
quem passaram a compartilhar horas, carinhos e experiências.
Infelizmente,
não são somente pessoas idosas que, por solidão, abandono e problemas, desejam
fugir da existência terrena. Em todo o mundo, o número dos que tentam se matar
é incalculável. E nos últimos quinze anos, o fantasma do suicídio tem pesado
mais para os adolescentes. Os motivos alegados são: separação dos pais,
contaminação pelo vírus HIV, ou o uso de drogas. São ainda fatores de riscos
apontados, a perda de dinheiro, de parentes, a depressão, mudança de condições
econômicas, de saúde, intoxicação por álcool, abandono, desesperança, falta de
religiosidade e fé na bondade de Deus.
As
cifras dizem que, para cada suicídio consumado, existem ainda, dez tentativas
frustradas. Por quê? Se as causas são
conhecidas, ainda assim não se resolve o problema. É necessário oferecer o
remédio eficaz, e este reside na fé, no conhecimento dos objetivos da
existência. Quando o ser humano se conscientizar de que a vida não é somente
a existência terrena; que morto o corpo
físico, a vida prossegue na Espiritualidade, verificará que não lhe adiantará
nada destruir o seu corpo. Ele como Espírito, continuará a existir e os
problemas que lhe levaram a tal gesto,
serão, agravado pela infração à Lei Divina.
Quando
o ser humano tomar conhecimento de que ele é produto exclusivo do amor de Deus,
Pai de Amor, de Bondade e Misericórdia,
que na Terra vive uma etapa curta que objetiva lhe fornecer condições
para crescer em moral, inteligência, conhecimento e amor; quando se der conta de
que é chamado todos os dias a cooperar na grande obra da criação, então não
mais tentará fugir da existência terrena, porque a nossa vida não acaba jamais;
a imortalidade é a nossa dádiva maior.
De
todas as mortes a pior é a morte pelo suicídio. Nesta não existe a suave
quietação da morte comum nas pessoas normais. Sócrates, já ensinava a um
discípulo: “Será para ti motivo de
estranheza verificar que há para todos necessidade de viver, mesmo para os que
têm a esperar mais da morte do que da existência. E notarás que não lhe é
permitido procurar a morte por suas próprias mãos, sendo obrigado a esperar
outro libertador”.
Pensando
que se destrói, o suicida vai ao encontro de situações e sofrimentos horríveis.
Quando recupera a consciência, surpreende-se de estar vivo, porém sem
possibilidade de movimentar o seu cadáver. Cercam-no horrendas entidades
vampirizadoras desejosas de sugando-lhe as energias vitais soltas pelas células
em decomposição, e ainda, adversários ou simples zombeteiros que o atormentam com
ofensas, deboches e recriminações. E como se não bastasse, revive a cena
suicida quase que constantemente com a sensação das dores sofridas pelo corpo.
Acompanhando a lenta decomposição do corpo, procura desvencilhar-se, mas não
consegue; o seu perispírito fica preso por longo
tempo aos seus restos
mortais, vendo a decomposição do
seu corpo.
Quando
o ser humano estabelecer objetivos para sua existência, que não sejam apenas ao
pequeno período na carne, descobrirá os tesouros dos dias e se enriquecerá de
paz. Quando a pessoa acreditar que é um fluído divino, isto é, um Espírito com
enorme potencial de superação dos problemas, não mais fugirá, dando atestado de
covardia, porque muitos aflitos afirmam: “Não tenho coragem de me matar”. Por
isso o suicídio não é um ato de coragem; mas de covardia. Covardia essa que
motiva a criatura a fugir dos problemas, antes de buscar resolvê-los. Covardia
que faz com que o suicida procure se omitir, deixando as dificuldades para os
que ficam saudosos feridos e abandonados. É ainda um ato egoísta porque o
suicida só vê a si mesmo, o seu problema, a sua dor, sem se importar com os
sofrimentos que causará aos outros. Em nenhum momento pensou no sofrimento que
causará aos pais aflitos, na companheira ou companheiro abandonado, nos filhos
jogados às mãos dos outros, nos parentes e amigos que se empenharam para que
sua reencarnação fosse de progresso e evolução.
Ato
de coragem mesmo é existir, é viver. Enfrentar todos os dias as mesmas
dificuldades e superá-las. Ato de coragem é trabalhar todos os dias construindo
o mundo novo que começa dentro de cada um. Se você está pensando em desertar da
existência, pare e pense. Em que a sua morte melhorará a sua situação, visto
que os problemas que o afligem, seguirão com você para além do túmulo? – Retire
os óculos escuros do pessimismo que lhe fazem ver tudo negro e coloque lentes
claras da esperança. A solução para sua dificuldade pode vir amanhã. Quem sabe
haja uma saída que você ainda não tentou? Vá deitar com o problema e acorde com
a solução. Dê uma chance a você mesmo, creia em Deus, faça uma oração com fé e
peça a Sua proteção e tudo passará.
O
que pode levar o ser humano a cometer esse gesto de extremo desespero, eis á
pergunta inquietante. Em tese, apontamos algumas das principais motivações que
leva a pessoa a cometer esse ato desesperador, sabendo que existem outras
causas que podem também conduzir a essa situação: 1- Falta de fé; 2-orgulho
exacerbado; 3-desespero e tédio; 4- desequilíbrio nervoso; 5- desânimo por
moléstias consideradas incuráveis; 6- sugestões de encarnados e desencarnados.
A
falta de fé, é sem dúvida a maior
responsável pela totalidade dos suicídios. É pela fé que nos propomos a fazer a
parte que nos cabe executar, e confiantes em Deus e seus desígnios, que não depende de nossa vontade.
O
orgulho exacerbado, que é a
ausência da humildade, tem sido causa de desastres e dores que castigam
familiares e levam seus executores (os suicidas) a séculos de desequilíbrios e
sofrimentos.
O
desespero e o tédio, que atingem
grande parte dos seres humanos, os levam a se acharem sem quaisquer
perspectivas de melhora, e julgam como solução para seus problemas, acabar com
a existência. São muitas as mensagens de desesperados suicidas, com referência
ao “desencanto com a existência”, lamentando não terem procurado buscar ajuda e
sem esperanças de dias melhores.
O
desequilíbrio nervoso, que
poderia ter sido combatido e evitado no início, se a pessoa tivesse procurado
os recursos da medicina convencional e da medicina espiritual, certamente o
equilíbrio emocional voltaria ao normal e não teria chegado a tal procedimento.
O
desânimo com moléstias consideradas incuráveis. Os portadores dessas
moléstias não vêem mais motivos para continuarem vivos, sem perceberem que para
Deus tudo é .perfeitamente possível, e que muitas das enfermidades, hoje, são
controladas pela medicina moderna. Esclarecem os Espíritos Superiores que o
desânimo é sem dúvida, na maioria dos casos, o início de tudo; muitas vezes da
Espiritualidade vem á cura quando a Medicina já desistiu, por ter chegado ao
limite dos seus conhecimentos.
Sugestões
de encarnados e desencarnados.
Muito desses atos extremos foi estimulado por entidades infelizes, inimigos do
passado, que induzem o infeliz ao suicídio como vingança. Por outro lado,
pessoas há que só sabem conversar sobre assuntos negativos, desanimadores,
influenciando o fraco de espírito ao desespero e à desdita, levando-o ao
suicídio.
Muitos
suicidas se deixaram envolver pelas sugestões de pessoas desequilibradas dos
dois mundos e se já acalentavam motivos pessoais para cometer esse ato
lastimável, encontram poderoso estímulo para seu cometimento. Muitas obras
especializadas de origem mediúnica, falam-nos de vales sinistros, onde se
congregam em infelizes e trevosas sociedades, onde os quadros são terríveis, de
desespero, angústia, lamentações, solidão, trevas e pesadelos horrendos. O
suicida que teve a ilusão de ver seus problemas resolvidos com a extinção do
corpo físico, que pensava cessarem seus problemas e dores, depara-se com uma
situação agravada pelo seu ato, com os mesmos sofrimentos e mergulhado na
tortura.
Emmanuel,
tratando da questão no livro “O Consolador”, informa: “A primeira decepção que
aguarda o suicida, é a realidade da vida que não se extinguiu com a destruição
do corpo físico. Suicidas há que continuam experimentando os sofrimentos
físicos da última hora terrestre, em seu corpo perispiritual. Anos após anos, sentem as impressões terríveis
do que lhes aniquilou as energias. Comumente, a pior emoção do suicida é a de
acompanhar, minuto a minuto, o processo de decomposição do corpo abandonado na
Terra”. De todos os desvios da existência humana, o suicídio é o maior deles
pela sua característica de falso heroísmo, de suprema rebeldia à vontade de
Deus, cuja justiça nunca deixou de existir e se faz com a devida misericórdia.
Em
outra obra intitulada “Pronto Socorro”, Emmanuel fala aos que pensam em
desertar da existência pela morte provocada: “Quando a ideia de suicídio te
assome à cabeça, reflete, antes de tudo, na Infinita Bondade de Deus, que te
instalou na residência planetária; em seguida ora, pedindo socorro aos
Mensageiros da Providência Divina. Se a ideia continuar a torturar-te,
refugia-te no trabalho edificante, sendo útil aos que te cercam. Visita um
hospital, para avaliar quantos irmãos portadores de situações piores, ás vezes
com moléstias irreversíveis, lutando para viver, enquanto queres desistir dela
por nada. Entrega-te ao serviço do bem ao próximo e faze empenho em
esquecer-te, porque a voluntária deserção e destruição de tuas possibilidades
físicas representarão um ato de desconsideração para com Deus, e as bênçãos que
te possibilitaram a existência”.
Um
espírito evoluído já nos recomendava: “Aceitem as dores, a cegueira, as
deformações, a desgraça, a miséria e tudo que de injusto possam ter na Terra,
que ainda são coisas pequenas em comparação ao que espera o suicida na sua
atitude de se despedir da existência”. Jesus, no Sermão da Montanha, nos acalma
dizendo: “Bem-aventurados os que sofrem e choram, porque serão consolados”. A
calma e a resignação na existência terrena, acompanhada da fé no futuro, dão ao
Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o
suicídio. A existência na Terra é uma viagem corretiva e de evolução. Começa na
meninice, avança pela plenitude física e altera-se na velhice, para renovar-se
além da morte.
Não
devemos nos escravizar aos bens materiais, mas usando o estritamente necessário.
Há muitos viajantes que sucumbem na caminhada sob pesados cofres de ouro, e ali
ficam presos ao que se agarram desvairados. Não devemos prosseguir a viagem
guardando ressentimento, para que não aconteça ficarmos presos ao labirinto do
ódio. Vamos recordar que iniciamos a jornada terrena, sem qualquer patrimônio
material e encontramos carinhosos braços maternos que nos embalaram e nos
ampararam em nome do Eterno Pai.
Prazer
e dor, simplicidade e complexidade, escassez e abastança, beleza de forma ou
deformidade do corpo, são simples lições para a ascensão. Não menosprezemos o
tempo que é empréstimo divino, que recebemos para a edificante peregrinação, e
o nosso corpo é o veículo santo colocado pelo Pai Celestial, a nosso serviço.
Não devemos nunca jogar fora a existência que nos foi concedida porque muitos e
muitos Espíritos estão a espera de uma oportunidade para retornar à Escola
Terrena.
Oremos
em favor dos criminosos e dos suicidas e daqueles que pensam em tal atitude
como solução para seus problemas, certos de que nossa oração produzirá efeitos
altamente benéficos, pois quem precisa de auxílio, somente através da oração e
da fé em Deus, encontrará a resignação e a paz para completar a sua existência.
A existência é para ser vivida, e não para ser sacrificada... Que o Pai
Celestial e Jesus na sua infinita bondade, nos ilumine a fim de afastar esse
pensamento suicida dos nossos irmãos,
Bibliografia:
Maria Helena Marcon
Milton
Luz / Emmanuel
Evangelho de Jesus
+ acréscimos e
alterações.
Jc.
S. Luís, 2001
Refeito em 2/02/2019
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