Bezerra de Menezes diz que,
muitos dos que partem para a vida espiritual, finda a existência corporal,
costumam ficar presos à matéria. Eles se encontram desencarnados, mas não
libertos; invisíveis, mas não ausentes. A oração e a leitura de uma página do
Evangelho podem, sem dúvida, ajudá-los na sua nova realidade e readaptação à
vida espiritual. “O Evangelho Segundo o Espiritismo” nos fala de Sócrates que,
da mesma forma que Jesus, nada escreveu e como Jesus, ele teve a morte dos
criminosos. As suas últimas palavras ditas aos seus algozes e juízes, foram: “Ou
a morte é uma destruição absoluta, ou ela é a passagem de uma alma para outro
lugar. Se ela é apenas uma mudança de morada, que felicidade nela reencontrar
aqueles que se conheceu e amamos!”
Nenhum sofrimento na Terra
será comparado ao daquele coração que observa outro coração querido, sem vida,
em grande silêncio. Entretanto, quando essa provação nos bate à porta, devemos
reprimir o desespero e a mágoa, porque sabemos que os chamados “mortos”, são
apenas ausentes na Terra, vivendo na Espiritualidade. Essa nova concepção da
existência da alma, liberta o ser humano do medo da morte; dando-lhe uma nova
compreensão e substitui na mente e no coração das pessoas, o velho temor e a
antiga revolta contras as leis naturais de Deus. O discípulo Paulo em sua
primeira epístola aos Coríntios, diz: “Planta-se o corruptível nasce o
incorruptível; enterra-se o corpo material, nasce a alma espiritual”. Durante
séculos, a morte era lembrada com o chamado “luto”, ou seja, até um ano depois
do desenlace, a família vestia-se de preto. Quando alguém se encontrava com uma
pessoa com tais trajes, se dava lhe os pêsames e rememorava-se a triste
situação..
Jesus sempre se referiu à morte
como algo natural, como se fora um sono para despertar depois, em uma situação
mais feliz; e chama a atenção para a superioridade da alma – o espírito
encarnado – que é eterna, sobre o corpo por ela usado em cada existência e
abandonado como roupa velha que não lhe serve mais, e completa dizendo: “Não
temais os que matam o corpo e não podem matar a alma” – Mateus, C 11:28 Emmánuel dos diz: “Ante os que partiram na
grande jornada, não permitas que o desespero tome conta do seu coração. Eles
estão vivos e compartilham as suas aflições. Efetua por eles o bem que poderiam
fazer e contempla os céus que nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz
deles no coração a dizer-lhe que caminham felizes, em plena imortalidade, e
tenha a certeza de que Deus que nos criou para nos amarmos mutuamente, jamais
nos separaria para sempre...”
É essa fé que a Doutrina dos Espíritos ensina e
conforta seus adeptos.
Jc.
São
Luís, 25/10/2013
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